segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A Palestina sob ocupação de Israel

A PALESTINA SOB OCUPAÇÃO DE ISRAEL
António Bica
AS  NEGOCIAÇÕES PARA O FIM DA OCUPAÇÃO DA PALESTINA.
Estão a decorrer as negociações para a desocupação do que restou do território da Palestina depois da violenta e terrorista ocupação pelos judeus, em 1948, da maior parte do território da Palestina para nele criarem o Estado judaico de Israel. Em 1967, menos de 20 anos depois, os judeus de Israel, apoiados pelos judeus de todo o mundo e pelos EUA, invadiram e ocuparam o que restava da Palestina. Desde então, embora condenados por sucessivas resoluções das Nações Unidas que os EUA não deixam aplicar, os judeus de Israel têm vindo a expulsar os palestinianos das melhores terras e a instalar nelas judeus ortodoxos fundamentalistas, seguindo estratégia de opressão militar, administrativa e económica visando levar os palestinianos a abandonar o seu país. Mas, apesar da opressão, os palestinianos mantêm-se agarrados à terra onde sempre, desde há milhares de anos, vivem. A trágica guerra que os judeus lhes moveram em 1948, levando-os pelo terror a abandonar as suas casas e as suas terras, serviu-lhes de dura lição;  agarram-se à terra do seu país como à rocha o mexilhão, preferindo morrer a abandoná-la, e, sempre que podem, usam o direito de autodefesa para combater os judeus que a ocupam.
Os judeus de Israel sempre arrastaram de pés para ganhar tempo, na tentativa de transformar a ocupação da Palestina em situação irreversível. Essa política mostrou-se não produtiva especialmente na Faixa de Gaza, tendo sido forçados a desocupá-la há poucos anos por incapacidade de reprimir a contínua resistência à ocupação. Tendo a ocupação do território da Palestina em 1967 sido declarado ilegal  pelas Nações Unidas, o recente abandono  do território palestiniano da Faixa de Gaza tornou-o juridicamente livre. Os judeus de Israel, tendo embora desocupado a Faixa de Gaza, organizaram férreo bloqueio militar das suas fronteiras por terra e mar, procurando asfixiar pela fome e a doença a sua população, para o que estranhamente obtiveram a colaboração do Egipto. Este ano, em 31 de Maio, diversas organizações, bem entendendo que a Faixa de Gaza é território libertado sobre que os judeus de Israel não têm qualquer poder legítimo, não podendo entrar na Faixa de Gaza nem por Israel nem pelo Egipto para levar apoio humanitário à sua população, decidiram fazê-lo por mar. Logo Israel mandou barcos de guerra interceptar os navios de ajuda humanitária, tendo morto na operação bélica contra gente desarmada e pacífica 9 pessoas. Seguiu-se inquérito internacional pelo Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas às circunstâncias em que o crime ocorreu.  Concluiu que a acção dos judeus de Israel foi de grande e injustificada violência, terminando o relatório nos seguintes termos: «A missão chegou à conclusão firme de que a 31 de Maio havia crise humanitária em Gaza e de que o bloqueio a Gaza é completamente ilegal, querendo os navios atacados pelos judeus de Israel levar ajuda aos habitantes de  Gaza.»
As actuais negociações para levar à desocupação pelos judeus de Israel do território da Palestina, que invadiram em 1967,  poderão ser a última oportunidade para Israel garantir a continuação da sua existência, que a função de testa de ponte militar que tem desempenhado a favor da política económica  e militar dos EUA está a deixar de interessar ao governo norte-americano por terem caído  a União Soviética e os países do chamado socialismo real, por estarmos no limiar da progressiva substituição das energias fósseis por renováveis e por a sistemática política de incondicional apoio económico, militar e político dos EUA a lsrael estar a ser sentida pelo governo norte-americano como excessivamente onerosa política e  economicamente.
Israel não pode ignorar que os cruzados ocuparam a Palestina desde o fim do século 11 ao início do século 14.  Saladino acabou por expulsá-los então.

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